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Baseado no emprego de multi-registros climáticos e ambientais pretende-se realizar reconstituição paleoclimática do Centro-Oeste do Brasil, com a integração de registros de estalagmites e capas carbonáticas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul que serão comparados com registros marinhos em locais sob influência do aporte sedimentar do Rio da Prata. A reconstituição paleoclimática do Centro-Oeste do Brasil, leva em conta a integração de registros geoquímicos de estalagmites e capas carbonáticas e tem como objetivo investigar a atividade do Sistema de Monções Sul-americana (SMSA) em escala decenal a multidecenal. Nesse contexto, pretende-se ampliar a faixa temporal e regional da reconstituição da paleoprecipitação da América do Sul para os últimos 30 mil anos através de análises isotópicas e elementos traços. Os registros obtidos serão comparados com outros registros tais como: análise sedimentar dos registros lacustres e oceânicos com o objetivo de reconstituir de forma inédita as mudanças paleoclimáticas da América do Sul, já que são escassos os registros disponíveis no Centro-oeste brasileiro, um local ideal para estudo do comportamento do SMSA. Em complemento, a partir do monitoramento hidrogeoquímico e isotópico da chuva e da água de infiltração no sistema cárstico, pretende-se compreender os mecanismos e os fatores climáticos e ambientais que atuam sobre a concentração dos elementos traços e sobre a composição isotópica do carbono dos espeleotemas. Esse estudo de calibração será muito importante para fundamentar interpretações paleoclimáticas com base nas razões de d18O e elementos traços.